Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Coordenação Central de Extensão
Departamento de Letras
Curso de Especialização em Tradução Inglês/Português -
Pós Graduação Latu Sensu

Monografia de Fim de Curso

Carolina Alfaro

"Descobrindo, Compreendendo e Analisando
a Tradução Automática"

 

 

Orientadora: Professora Maria Carmelita Pádua Dias

Rio de Janeiro, Janeiro de 1998

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Agradecimentos

A todos os que me incentivaram e auxiliaram a realizar este trabalho, tanto no início - como o Grupo de Tecnologia em Computação Gráfica da PUC-Rio, por me permitir travar contato pela primeira vez com um sistema de tradução automática, e a Professora Clarisse Sieckenius de Souza, por responder às minhas primeiras indagações sobre o assunto - quanto durante a elaboração deste trabalho - em especial a Professora Maria Carmelita Pádua Dias pela orientação e, talvez o mais importante, por despertar meu interesse para trabalhos futuros nesta área -, sem esquecer meus familiares e meu namorado, que estiveram ao meu lado durante as várias semanas de apropriação do computador, imersão em textos, estresse e fins de semanas perdidos.

 

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Insolência

O Jorge Furtado comprou um programa de traduções para o seu computador e fez uma experiência. Digitou toda a letra do nosso Hino Nacional em português e pediu para o computador traduzi-la sucessivamente em inglês, francês, alemão, holandês etc. Do português para o inglês, do inglês para o francês e assim por diante até ser traduzida da última língua de volta para o português. Segundo o Jorge, a única palavra que fez todo o circuito e voltou intacta foi "fúlgidos". Em inglês, "salve, salve" ficou "hurray, really hurray" e parece que em alemão o texto ficou irreconhecível como hino mas, em compensação, reformula todo o conceito kantiano de transcendentalismo enquanto categoria imanente do ser em si.

Vou sugerir ao Jorge que faça outro teste e peça para o computador traduzir um texto em que conste a expressão "barato estranho", só para dar boas risadas. Confesso que o meu barato é ver computador ridicularizado. Um pequeno gesto de resistência, à beira da obsolescência. Não posso mais viver sem o computador, mas a antipatia cresce com o convívio. Agora comprei um programa de texto à prova de erro ortográfico. O computador não me deixa errar, por mais que eu tente. Subverte o que eu tenho de mais pessoal e enternecedor e sublinha a palavra errada em vermelho insolente. A palavra "agora", aí em cima, apareceu na tela sublinhada. Ele está provavelmente sugerindo que talvez eu queira escrever "ágora", praça das antigas cidades gregas. Não, "ágora" também saiu sublinhada. Sua mensagem é que eu tenho uma escolha entre as duas palavras, sua insinuação é que eu não sei a diferença. E quando não existe opção e o que eu escrevi está irremediavelmente errado - ele corrige sozinho! Eu tento repetir o erro, só para mostrar que alguns dos nossos ainda não se intimidaram, e ele não deixa.

Sei que não demora o programa que corrigirá sintaxe, pontuação e concordância e ainda fará comentários irônicos sobre o estilo. Que venha. Tradução eles não sabem fazer. Rá!

 

Luiz Fernando Veríssimo,
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 22/11/1997


Insolence

The Stolen Jorge bought a program of translations for its computer and made an experience. The letter of our National Hymn in Portuguese typed all and asked for successively for the computer *traduziz it in English, Frenchman, German, Dutch etc. Of the Portuguese for the English, of the English for the Frenchman and thus for ahead until being translated of the last language in return for the Portuguese. According to Jorge, the only word that made the circuit all and came back *intacta " was *fúlgidos ". In English, " he saves, he saves " he was " hurray, really hurray " and seems that in German the text was *irreconhecível as hymn but, in compensation, all reformulates the *kantiano concept of *transcendentalismo while category *imanente of the being in itself.

I go to suggest the Jorge who makes another test and part it computer to translate a text where the strange " cheap " expression consists, to only good laugh. I confess that my cheap one is to see computer *ridicularizado. A small gesture of resistance, to the side of the obsolescence. I cannot more life without the computer, but the *antipatia grows with the conviviality. Now I bought a program of text to the test of *ortográfico error. The computer does not leave me to make a mistake, no matter how hard I try. *Subverte what I have of more personal and *enternecedor and underlines the word missed in red *insolente. The word " now ", there in top, appeared in the underlined screen. It is probably suggesting that perhaps I want to write " *ágora ", square of the old cities Greeks. Not, " *ágora " also left underlined. Its message is that I have a choice between the two words, its hint is that I do not know the difference. E when option does not exist and what I wrote *irremediavelmente is missed - it corrects alone! I try to repeat the error, only show that some of ours had still not been intimidated, and it does not leave.

I know that it does not delay the program that will correct syntax, and agreement and still will make ironic commentaries on the style. That it comes. Translation they do not know to make. *Rá!

Coluna traduzida automaticamente pelo AltaVista Translation Service/SYSTRAN,
disponível na Internet em http://babelfish.altavista.digital.com/cgi-bin/translate

* Obs.: as palavras mantidas em português são as não reconhecidas
pelo programa, talvez também devido à acentuação.

 

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ID: J46626